O Pelourinho era uma coluna em pedra, colocado em lugar público, geralmente em Praça Pública - o Forum, em frente ao edifício da câmara de cidade, ou vila, para exercer a sua justiça. Era o distintivo da jurisdição do concelho e da sua autonomia municipal a partir do Século XIII. Aquele que não tivesse no cimo gaiola, onde expunham os criminosos à vergonha e escárnio público, os delinquentes eram amarrados à coluna e se o juiz era cruel, suspensos por baixo dos braços às argolas, onde eram mutilados ou açoutados de acordo com a gravidade do crime e uso da época.

O Pelourinho de Frechas é um exemplar de notável valor artístico, em Estilo Românico, esculpido em granito, considerado a jóia artística da freguesia. Mede 4,60 metros, acima do nível do escadório, este em forma triangular de cinco degraus, com altura de um metro, que fazem de suporte à base octagonal, ornamentado com besantes (antigas moedas de ouro bizantinas). O fuste é também oitavado, ostentando a mesma decoração, acrescida de florões. O capitel tem forma de cruz grega, terminando os quatro braços: dois em carantonhas, um em florão e o último em furo, para finalidade ignorada. É encimado por um paralelepípedo, decorado por duas caras, uma delas de boa aparência e barbada, o do lado Sul por uma figura que parece feminina, nua, de pernas escanchadas, mãos voltadas ao Céu em atitude de súplica, que o povo explica eroticamente. No lado Oeste constitui o Escudo Nacional, orlado de cinco castelos. Na de Este mantém o escudo dos Sampaios, outrora donatários da terra de Frechas, cuja sucessão terminou com o Duque da Terceira por não ter descendência. O remate do original monumento constitui cilindos, de quatro frisos, embelezados por múltiplos ornamentos.