Situa-se no Monte do Viso, no Lugar de Vale da Sancha e daqui se desfruta uma das mais belas panorâmicas do termo de Frechas. Esta Santa tinha muita importância no passado, estando-lhe adscrita a Confraria de Nossa Senhora do Viso. 

A sua arquitectura é de linhas direitas, singela, sóbria, harmoniosa. Tem seis degraus que lhe dão acesso, rodeada de um terreiro. É pintada de branco e porta em castanho. 

No frontispício a porta de entrada é em arco de volta inteira em granito. A torre sineira de um só sino é também em cantaria, com aspecto agradável e tanto a fachada principal, como a torre sineira são rematadas em cruz. 

Na parte interior, paredes e área do edifício encontram-se decorados com azulejos modernos. Possui uma pequena capela mor, o que revela que poderia ter sido a primeira Igreja Matriz, antes da de S. Gonçalo e da de Frechas. 

A imagem de Nossa Senhora do Viso é muito interessante, com anjos aos pés, o Menino Jesus ao colo no braço esquerdo e no direito segura uma torre. Tem uma coroa de bom gosto sobre a cabeça, um vestido em branco sujo e um manto em azul, ambos decorados a ouro. 

Num passado longínquo, era uma das festas mais notáveis da região, a ela afluindo romeiros e peregrinos dos mais diversos pontos do Nordeste Transmontano, até da Beira e em Frechas superava totalmente todas as outras. Os milagres das águas da sua fonte em crianças engaranhadas tomaram-se muito conhecidos, a sua fama na cura deste mal ruim passou além fronteira do concelho de Frechas. 

Somos de opinião, que no cimo deste monte, por ser a de maior altitude desta zona, se situava uma torre de vigia dos romanos, o qual local, Suevos e Visigodos transformaram em templo cristão, pelo que possivelmente será a capela mais antiga, com muitas transformações e reparações como é óbvio, ao longo dos séculos. 

O seu topónimo é Senhora do Viso para os de Frechas e do Aviso para os moradores de Vale da Sancha, cremos que ambos estão adequados, viso, significado pagão, destinado a visionar, vigiar, Aviso para a Igreja consiste em a Virgem avisar, aconselhar. 

A sua romaria realiza-se no 3º Domingo de Agosto e em tempos medievos tinha uma capital importância, a ela recorria uma multidão de forasteiros em peregrinação por promessa, na esperança de um milagre para a cura da doença dos engaranhados, um dos males ruins da época. 

Nos meados do Século XX ameaçava forte ruína, mas graças à fé e boa vontade do povo, foi por ele reconstruída. No cume do monte, em frente da capela, a diminuta distância desta encontra-se uma rocha com três pias de dimensão diferente, a que o povo e tradição dão um significado. A maior servia para Nossa Senhora lavar os cueirinhos (fraldas) do Menino Jesus, a outra a seguir era para S. José os enxaguar, torcer e por a secar em cordas que ali existiram outrora, a terceira pia era para beberem, da qual lenda resta a quadra popular:

A Virgem lavava, 

S. José torcia

O Menino Jesus chorava

Do frio que fazia.

Na encosta deste monte, em nível inferior e voltada para Sul, encontra-se a Fraga do Castelo, onde segundo a tradição ali existiu em tempos longínquos um castro fortificado, cabendo à Arqueologia futura proceder à sua pesquisa e escavações.