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Capela de S. Sebastião.

O culto de S. Sebastião foi muito divulgado em Portugal, invocado contra a fome, peste e guerra. Estendeu-se também a Frechas, em honra do qual lhe foi erecta uma capela, nas proximidades do Rio Tua. 

Em Portugal as imagens de S. Sebastião são normalmente em pedra e remontam ao Século XV. A imagem que reina no altar da capela de Frechas parece ser muito antiga, devido ao aspecto tosco, que apresenta. O Mártir S. Sebastião era oriundo de Narbona e foi educado esmeradamente pelos seus progenitores na fé cristã. Santo Ambrósio ao referi-lo, apresenta-o como uma pessoa cari­nhosa, bondosa, além de lhe atribuir. outras qualidades e virtudes. Tornou-se oficial do Imperador Diocleciano em Roma, continuando em segredo a professar a sua fé cristã, então proibida. Adorar um só Deus, era nessa altura um crime, devia sim, adorar-se o imperador, pelo que muitos cristãos convictos eram encarcerados e mortos. Sebastião ajudava os prisioneiros a suportar a sua cruz e levava a que muitos carcereiros, soldados, e outros cidadãos, com suas famílias, se convertessem ao Cristianismo. O imperador continuava a estimá-lo e a considerá-lo, até ser denunciado ao Governador Fabiano, por despeito e inveja de alguns que rodeavam. O Governador informou Diocleciano do ocorrido, que por sua vez ao interrogar Sebastião sobre a verdade, este lhe confessou que era cristão. O Imperador tentou convencê-lo a desviar-se da doutrina cristã, mas em vão, pelo que o Imperador ordenou que fosse amarrado ao tronco de uma árvore e fosse trespassado por flechas. Os seus algozes abandonaram-no depois, convencidos de que já estava morto. A cristã Irene, viúva de Santo Cástulo ao retirar o corpo para o sepultar, verificou que ainda tinha vida. Levou-o para casa, tratou-o e passado algum tempo estava curado. Depois de estar bom, em vez de se esconder como alguns dos seus irmãos de fé aconselhavam, decidiu ir ter com o Imperador e acusá-­lo de perseguir os cristãos de forma cruel e injusta. Desta vez, o imperador enfurecido, ordenou que fosse morto à paulada no circo romano, em 20 de Janeiro de 288. Conforme consta em documento antigo de 354, a data da sua morte parece coincidir e estar certa. Contra a vontade dos seus carrascos, o corpo do Mártir S. Sebastião foi retirado e sepultado nas Catacumbas. 

Em Frechas, como já foi dito, a sua capela situa-se nas proximidades do Rio Tua e desconhece-se a razão pela qual em muitos locais o S. Sebastião é venerado como padroeiro dos pescadores. Será por sempre se ter preocupado, em "pescar Homens" para os inserir na fé cristã? Um pouco arredada da antiga vila de Frechas, num dos caminhos que conduz ao rio Tua, a sua capela é de construção singela, original, pintada de branco e porta em verde azeitona. Tem na frontaria a data de 1961, altura em que se procedeu ao seu restauro. É rematada nas arestas com granito, porta principal e janela lateral são também emoldurados com a mesma rocha. Possui uma pequena rosácea quadrada, que se sobrepõe à porta de entrada e o frontispício é rematado por uma cruz. Contem um só altar, de arquitectura simples e agradável. Ao lado tem um terreiro, um largo, onde a população dança no dia da sua festividade em 20 de Janeiro. 


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